quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Planejamento: 5 aspectos importantes


Com base no texto Planejar: o caminho para a boa aula, de Adriana Vera e Silva (Revista Nova Escola, outubro 1999), pode-se destacar cinco aspectos importantes a respeito do ato de planejar, compreendido como imprescindível na prática de ensinar.
  1. O planejamento é um processo contínuo. Ele deve ser alterado (sempre), de acordo com as necessidades das diversas turmas. Efetivamente, o planejamento só funciona quando a realidade da sala de aula é considerada.
  2. "Estudar muito para ensinar bem". Só se pode ensinar aquilo que se sabe, por isso é preciso buscar ampliar os conhecimentos sobre o que se quer ensinar e, mais que isso, é preciso saber (aprender) como ensinar.
  3. É muito importante no processo de planejamento trabalhar em conjunto com os colegas professores, os coordenadores pedagógicos e os próprios alunos, interessados diretamente nos resultados. É fundamental "trocar ideias" na construção de um plano eficiente.
  4. É importante também preocupar-se em fazer ligações entre as atividades apresentadas aos alunos. É complicado e pouco produtivo propor trabalhos que não tenham absolutamente nada a ver com o que os alunos terminaram de fazer.
  5. Planejar é também uma oportunidade de pensar em novas formas de motivar os alunos, apresentando novas maneiras de lidar com os conteúdos, através de metodologias diversificadas.

Enfim, é fato que o planejamento é parte fundamental do processo de ensino. E vale o que a autora destaca no começo do texto:

"Só ensina bem quem sabe aonde quer levar os alunos e se prepara para chegar lá."

Por Cinthia Vieira

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

1ª VISITA - 16/09/2010

   No dia 16/09/2010, realizamos nossa primeira visita ao Colégio Estadual Santos Dumont, em Pirajá. A escolha da escola não tinha sido exatamente planejada, mas foi bastante proveitosa para um primeiro contato. 
   A primeira impressão visual do ambiente não foi das melhores. A fachada, apesar de, segundo professores, ter sido pintada no início do ano, mostrava-se bastante degradada por pichações e sujeira, conflitando com a tentativa de decoração com mosaicos. O letreiro também faltava algumas letras e o ambiente, à primeira vista, não era o que se pode chamar de acolhedor.
   Contudo, fomos bem recebidas pela vice-diretora (a diretora não estava presente no dia) e fizemos uma visita bem completa. A escola não tem muita iluminação natural, mas tem algumas áreas de convivência a céu aberto, com bancos e algumas árvores. 
   Chegamos na hora do intervalo, horário em que os alunos estavam lanchando (muitos com merenda fornecida pela escola). A escola tem um refeitório, que na verdade não condiz com o número de alunos que estudam ali, mas acaba servindo como um local para a socialização.
   Pensando ainda na estrutura física, a escola tem 3 quadras, biblioteca com área para estudos e um acervo bem diversificado, laboratório de ciências (que estava fechado) e um pequeno auditório com equipamento para projeção e ar-condicionado funcionando. Quase todas as salas dispõem de TV-pendrive, recurso do governo do estado, porém a acústica das salas não colabora para um bom desenvolvimento da aula, o ruído externo interfere bastante.
   Quando chegamos na sala dos professores, conhecemos alguns docentes da instituição e acabamos sendo convidadas para assistir a uma aula. Na verdade, o treinamento para a apresentação de um projeto intitulado: A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO, projeto com proposta interdisciplinar. Na sala em que ficamos durante o período de uma aula, de uma turma de 3º ano do ensino médio, a relação entre os alunos e as professoras coordenadoras do projeto parecia ser de bastante parceria e eles se mostraram bem interessados e empenhados.
   Acredito que fomos bem recebidas nessa primeira visita. O único problema foi em relação ao acesso ao PPP da escola, que, segundo a vice-diretora estava no computador e elas estavam sem impressora... Enfim, ficou que teríamos que marcar um dia para conversar com a coordenadora pedagógica para ver essa parte.
   Ficou para a próxima...


Por Cinthia Vieira




quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Apontamentos sobre: Os professores diante do saber - Maurice Tardiff

   No capítulo inicial de Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente, Maurice Tardiff explicita a posição estratégica do docente na produção dos saberes sociais, ainda que, paradoxalmente, a condição do professor atualmente seja de extrema desvalorização.
   Tardiff classifica os saberes em:
-Saberes profissionais: produzidos pelos teóricos e transmitidos nos cursos de licenciatura;
-Saberes disciplinares: saberes que correspondem aos diversos campos do saber (biologia, matemática etc);
- Saberes curriculares: conteúdos apresentados na escola;
-Saberes experienciais: produzidos no decorrer da experiência de docência.
   Deste modo, o autor mostra que os saberes necessários para a prática docente são, na verdade, diversos e estão sempre em construção. O saber docente é plural e heterogêneo.
   É preciso então que nós como (futuros) professores, reflitamos sobre a importância de sabermos articular as diversas formas de conhecimento e saberes existentes na hora de exercermos a nossa prática de ensino.   
   Na nossa realidade atual, infelizmente, é comum que aqueles que teorizam sobre educação não sejam os mesmos que vivem a realidade - bem diferente - da prática nas escolas.
   O ideal seria que quem cotidianamente experimenta a realidade do ensino e da problemática de estar na sala de aula participasse da construção dos saberes para a melhoria da prática docente, tendo em vista que a experiência, seja ela boa ou ruim, é extremamente educativa e pode contribuir muito para a elaboração de teorias mais próximas de todos e de cada professor. Assim, talvez fosse possível minimizar, ao menos em parte, a enorme barreira instituída entre "produtores" e "executores" de saberes.

Por: Cinthia Vieira